Na Minha Estante: Insígnia: A Arma Secreta!

Título Original: Insignia
Autora: S.J. Kincaid
Editora: V&R
Páginas: 498
Origem: Cortesia da editora

Sinopse: É a Terceira Guerra Mundial. O inimigo está vencendo. E se a arma para virar o jogo fosse você? Mais do que qualquer outra coisa, Tom Raines quer ser alguém importante. Aos 14 anos, com uma aparência pouco digna de atenção e uma vida cheia de incertezas, ele está bem longe de realizar o seu desejo. Exceto por sua habilidade com games, Tom não tem muito com o que contribuir. Um zero à esquerda. Durante anos, o garoto perambulou de cassino em cassino com seu pai, um jogador completamente sem sorte e que fazia de seu vício um meio de sobrevivência. A cada dia, iniciava-se uma nova jornada em busca de um “lar”, mesmo que isso significasse um quarto qualquer pago com o pouco dinheiro ganho em apostas. as, certo dia, o que parecia ser uma existência fadada ao fracasso, muda radicalmente. Da noite para o dia, Tom é convidado para integrar a elite do Exército e utilizar seu talento como jogador para ajudar seu país a vencer a Terceira Guerra Mundial. Tom, então, tem a oportunidade de se tornar alguém importante: uma supermáquina de guerra com habilidades tecnológicas jamais imaginadas. E de quebra, ganha a chance de conquistar tudo aquilo que parecia reservado aos outros: sucesso, amigos, um amor de verdade. Mas o acesso a tudo isso tem um custo. Será que vai valer a pena? Com personagens fascinantes e um enredo de tirar o fôlego, Insígnia faz uma eletrizante viagem ao futuro e revela um mundo onde as fronteiras entre humanos e máquinas não podem mais ser distinguidas

Classificação:

“Sabe como os militares tratam as pessoas, Tom? Eles as mastigam e cospem, é assim que fazem. Para eles, você não passa de um equipamento.”

Ok. Aquele momento em que você para e pensa: “Como vou escrever a resenha de algo tão bom?”Faz tempo que não apareço para resenhas ou posts, ou qualquer outra coisa, mas a explicação virá com um vídeo em um futuro próximo.

Hoje venho para falar de um livro incrível! ‘Insígnia – A arma secreta’ é uma trilogia distópica publicada recentemente pela editora V&R , escrita por S.J.Kincaid, a história já teve seus direitos comprados pela Century Fox.

Em um futuro não especificado, a terceira guerra mundial está sendo travada. Grandes empresas disputam pela extração de minérios em outros planetas. As nações foram divididas entre russo-chineses e indo-americanos e a guerra é travada no espaço, onde máquinas são controladas por uma espécie de video games. Não há mais mortes na guerra.

“-Sei que desde que nasceram, foram ensinados a confiar em alguma outra coisa: instituições, leis, sistemas. Mas estou aqui para lhes dizer: a única pessoa em que se pode confiar é em si mesmo. Ninguém mais vai protegê-los.”

Nesse mundo estranho surge Tom Raines, um adolescente que não é como outro qualquer. Seu pai é um viciado em jogos de apostas, falido e viciado em álcool, e sua mãe os abandou faz tempo. Tom joga para sobreviver, dando pequenos golpes em seus oponentes, pois isso é tudo que ele realmente sabe fazer.

Mas para o governo americano ele tem um potencial que nem ele mesmo imagina. Recrutado para a agulha pentagonal por meios nada convencionais, Tom irá se aventurar em um mundo inteiramente desconhecido, de tecnologia muito avançada. Encontrará amigos que se confundem com inimigos e inimigos que se tornam bons amigos. Uma confusão atrás da outra. Muita tensão, vingança e mistério... O mundo de ‘Insignia’ está apenas começando.

“-O que você acha de o general Marsh pegar uma bebida para nós dois, Tom?
-Ótima ideia. – Se Heather dissesse o nome dele sorrindo daquele jeito, não hesitaria em concordar com a ideia genial de pular dentro de um reator nuclear.”

Minha primeira impressão ao ler o livro foi: “Eu preciso saber como isso termina.”. S.J. Kincaid é simplesmente incrível! Apesar da temática super nerd e da linguagem própria que foi inventada para a história, o livro flui extraordinariamente rápido, tornando minhas viagens para o trabalho muito mais curtas, pois simplesmente não via o tempo passar e mal conseguia parar de ler.

A história é muito bem desenvolvida, é envolvente, apaixonante, diferente. Os personagens te ganham de uma forma inexplicável, tanto os principais, quanto os secundários.  Há muita mistura de raças, cores, culturas, personalidades e línguas que é simplesmente genial. 

Sempre fui daquelas que quando lê um livro muito americanizado se sente excluida porque 
sempre são brancos, lindos, dos olhos claros, em uma escola foda, etc... E em Insignia não.

Em muitos momentos do livro é dada uma pequena aula de história, sobre diversas coisas, guerras, tecnologia, mundo geek, que torna o livro não só mais um livro, mas algo que realmente irá te acrescentar alguma coisa, além da diversão e entretenimento.

“-Céus, que tédio.- Deixou o pesado escudo de bronze cair, com um alto baque metálico. – Quer cometer suicídio comigo? Podemos matar um ao outro quando eu contar até três.
-Deixe para lá. Essa história de suicídio mútuo é coisa de Romeu e Julieta (...)”

O livro é tão envolvente que há uma certa da história eu fiquei realmente brava, louca de irritação, porque o que eu queria não acontecia logo, e isso é algo que não me acontecia fazia muuuito tempo. O final é bem estruturado e não deixa pontas soltas, mas ainda assim deixa aquele gostinho de ‘preciso de mais’.

Não encontrei nenhum erro no livro, nem de digitação, concordancia, pontuação, ou qualquer outro. O livro é menor que os livros comuns. A capa é trabalhada com verniz localizado (que não da para ver nas fotos, pois eu acabo encapando todos os meus livros com papel Contact e tiro todo o efeito deles –q)

<- O próximo volume da trilogia se chama ‘Insignia – O Vortex Negro’ e será lançado  esse mês, sendo que o último volume está previsto também para este ano.

Recomendo o livro para qualquer um que se interesse em tecnologia, distopia, guerras e é claro para todos que desejam uma leitura envolvente que nos faça escapar do mundo real por algumas horas.  

 “Personagem da mitologia cuja aparência é tão horripilante que os homens morriam se olhassem para seu rosto...”

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