Título Original: Flickan som lekte med elden
Autor: Stieg Larsson
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 607
Páginas: 607
Sinopse: “Lisbeth Salander é acusada de triplo assassinato, e a
polícia está em seu encalço. A jovem hacker é esquiva, egoísta e pode ser muito
violenta quando provocada. Mikael Blomkvist, editor-chefe da revista
Millennium, sabe muito bem disso. Mas ao contrário do restante da imprensa que
não se acanha em crucificá-la, ele acredita na inocência da moça. Para ele, os
homicídios relacionam-se a uma série de reportagens que a Millennium pretendia
publicar sobre o tráfico de mulheres provenientes do Leste Europeu. Um esquema
de corrupção cujos tentáculos alcançam promotores, juízes, policiais e
jornalistas.
“A menina que brincava com fogo” é o segundo livro da série
Millennium. Confesso que comecei a ler a série pelo título desse livro, mas
como vi que era o segundo resolvi comprar o primeiro, “Os homens que não amavam
as mulheres” , o que, talvez tenha sido um erro, demorei um ano para lê-lo,
sim, UM ANO.
A história me parecia maçante e séria de mais para uma
adolescente, ficava com sono ao abrir o livro, as primeiras 100 páginas eram
monótonas e irritantes, porém... o livro me surpreendeu e eu mergulhei de vez
no mundo da Millennium.
Lisbeth Salander é no mínimo, como dizer... Diferente? Uma garota com estilo de vida próprio e que
por isso vive a margem da sociedade, quando criança foi mandada para uma
clinica de psiquiatria infantil (por motivo ainda não mencionado nos livros,
sendo referido como: quando “Todo o Mal” aconteceu).
Seu jeito, fechado e voltado para si mesma, não ligando para
o que as pessoas pensam é o que mais fascina no livro, além de ter um jeito bem
peculiar de viver, ela tem um estilo todo próprio, cheia de tatuagens, cabelos
curtos, roupas pretas... Lisbeth se parece com tudo, menos com uma heroína. E é
exatamente isso que ela é.
Uma heroína diferente de todas as outras, e porque não dizer
esquisita? Salander foge do estilo de herói fabricado, ela não é santa, não é
ingênua, nem apaixonada, jamais sonhou com o príncipe encantado e nem viveu
entre dois amores, ela é simplesmente real.
Por ela ter ido à uma clinica de psiquiatria quando criança
e por ainda estar sob tutela é considerada retardada e psicótica, mas o que
quase ninguém sabe é que ela é uma hacker genial, podendo até ser considerada a
melhor hacker de toda a Suécia, ao contrário do que pensam ela é muito inteligente,
possui memória fotográfica, algo que muitos amariam ter, mas que ela odeia, o
que apenas comprova sua esquisitice.
Acusada injustamente de três assassinatos (ou pelo menos
injustamente, de dois deles) passa a fugir da policia e começa a comunicar-se
de uma maneira bem peculiar com algumas pessoas em que ainda confia,
desfrutando, claro, de suas habilidades com o computador.
“Ok. Hora de fisgá-lo
Criou mais um documento e o intitulou [Super-Blomkvist]. Sabia que isso iria irritá-lo. E escreveu uma mensagem breve.
[O jornalista é você. Trate de descobrir.]”
Criou mais um documento e o intitulou [Super-Blomkvist]. Sabia que isso iria irritá-lo. E escreveu uma mensagem breve.
[O jornalista é você. Trate de descobrir.]”
A ausência da personagem principal por um longo período nos
deixa curiosos e irritados, querendo saber “que diabos aconteceu com
Salander”, como
o próprio Mikael se pergunta várias vezes durante esse período.
Como Lisbeth nunca confiou em policiais começa sua própria
investigação, sempre claro com seu toque especial de violência e ceticismo, o
que torna muitas partes até engraçadas.
O livro é narrado em terceira pessoa, porém é muito bem
escrito e retrata muito bem os sentimentos e ações dos personagens, gostei
muito mais desse segundo livro, não sei se teve algo a ver com o estilo da
tradução (pois o tradutor muda do primeiro livro para o segundo), mas mesmo as
partes monótonas ficaram mais simples, e até importantes (talvez também seja
pelo fato de eu já ter me acostumado com o estilo de Larsson).
Esse segundo livro é muito mais sangrento, violento e com
muito mais ação que o primeiro, com mais intrigas e investigações, mais
mistério e emoção, apesar de tudo isso ainda senti falta de alguns personagens
que não aparecem nesse volume, porém isso não vem ao caso.
É realmente incrível como o autor consegue criar tantos
personagens, dando nomes e características distintas a cada um, são detalhes
que fazem a diferença, uma roupa, um cabelo, uma cor, coisas e características
simples, mas que ainda assim fascinam pela riqueza de detalhes.
O desenrolar dos fatos acontece rapidamente, porém em uma
linha de tempo impecável. Pequenas equações surgem ao redor da história o que
deixa tudo mais intrigante e fascinante. O final é excepcional, diferente e com
um ar de “quero mais”. Demorei um certo tempo para ler o livro, umas três
semanas, porque as coisas andavam corridas, em circunstâncias diferentes
devoraria ele em no máximo uma semana.
Recomendo a todos. Mas esse livro é um daqueles que muita
gente ama, mas muita gente odeia, então para firmar sua opinião, leia.
“As equações absurdas, para as quais nenhuma solução é
adequada,
são qualificadas de impossíveis
(a+b)(a-b) = a²-b²+1”
são qualificadas de impossíveis
(a+b)(a-b) = a²-b²+1”
P.S. Oi faladores, bom essa é a minha primeira resenha e não saiu aqui no blog, então para comemorar o novo layout decidi mostrar ela para vocês. Já estava mais do que na hora não acham? Espero que gostem! *-*
2 comentários:
Rebecca
adoro essa série,desde que lançou os filmes suecos.
Ainda não li o segundo livro,essa leitura não é uma leitura que flui muito,tempo que ter mta dedicação e força de vontade
kkkkkkkkkkkkkkkk
bjs Nati
Eu adoro esta triologia, eu já li Os homens que nao amavam as mulheres, fiquei imprecionada com o livro, ia começar a ler o segundo só que nao deu certo. Mas daqui algum tempo eu irei ler. Apesar do autor ter falecido ele deixou uma obra literaria otima.
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