terça-feira, julho 24, 2012

Na Minha Estante: A Menina que Brincava com Fogo



Título Original: Flickan som lekte med elden
Autor: Stieg Larsson
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 607

Sinopse: “Lisbeth Salander é acusada de triplo assassinato, e a polícia está em seu encalço. A jovem hacker é esquiva, egoísta e pode ser muito violenta quando provocada. Mikael Blomkvist, editor-chefe da revista Millennium, sabe muito bem disso. Mas ao contrário do restante da imprensa que não se acanha em crucificá-la, ele acredita na inocência da moça. Para ele, os homicídios relacionam-se a uma série de reportagens que a Millennium pretendia publicar sobre o tráfico de mulheres provenientes do Leste Europeu. Um esquema de corrupção cujos tentáculos alcançam promotores, juízes, policiais e jornalistas.
Lisbeth livrou Mikael da morte dois anos antes.  Agora ele tem como retribuir.”



Classificação:






“A menina que brincava com fogo” é o segundo livro da série Millennium. Confesso que comecei a ler a série pelo título desse livro, mas como vi que era o segundo resolvi comprar o primeiro, “Os homens que não amavam as mulheres” , o que, talvez tenha sido um erro, demorei um ano para lê-lo, sim, UM ANO. 

A história me parecia maçante e séria de mais para uma adolescente, ficava com sono ao abrir o livro, as primeiras 100 páginas eram monótonas e irritantes, porém... o livro me surpreendeu e eu mergulhei de vez no mundo da Millennium.

Lisbeth Salander é no mínimo, como dizer... Diferente?  Uma garota com estilo de vida próprio e que por isso vive a margem da sociedade, quando criança foi mandada para uma clinica de psiquiatria infantil (por motivo ainda não mencionado nos livros, sendo referido como: quando “Todo o Mal” aconteceu).

Seu jeito, fechado e voltado para si mesma, não ligando para o que as pessoas pensam é o que mais fascina no livro, além de ter um jeito bem peculiar de viver, ela tem um estilo todo próprio, cheia de tatuagens, cabelos curtos, roupas pretas... Lisbeth se parece com tudo, menos com uma heroína. E é exatamente isso que ela é.

Uma heroína diferente de todas as outras, e porque não dizer esquisita? Salander foge do estilo de herói fabricado, ela não é santa, não é ingênua, nem apaixonada, jamais sonhou com o príncipe encantado e nem viveu entre dois amores, ela é simplesmente real.

Por ela ter ido à uma clinica de psiquiatria quando criança e por ainda estar sob tutela é considerada retardada e psicótica, mas o que quase ninguém sabe é que ela é uma hacker genial, podendo até ser considerada a melhor hacker de toda a Suécia, ao contrário do que pensam ela é muito inteligente, possui memória fotográfica, algo que muitos amariam ter, mas que ela odeia, o que apenas comprova sua esquisitice.

Acusada injustamente de três assassinatos (ou pelo menos injustamente, de dois deles) passa a fugir da policia e começa a comunicar-se de uma maneira bem peculiar com algumas pessoas em que ainda confia, desfrutando, claro, de suas habilidades com o computador.
“Ok. Hora de fisgá-lo
Criou mais um documento e o intitulou [Super-Blomkvist]. Sabia que isso iria irritá-lo. E escreveu uma mensagem breve.
[O jornalista é você. Trate de descobrir.]”


A ausência da personagem principal por um longo período nos deixa curiosos e irritados, querendo saber “que diabos aconteceu com Salander”, como o próprio Mikael se pergunta várias vezes durante esse período.

Como Lisbeth nunca confiou em policiais começa sua própria investigação, sempre claro com seu toque especial de violência e ceticismo, o que torna muitas partes até engraçadas.
O livro é narrado em terceira pessoa, porém é muito bem escrito e retrata muito bem os sentimentos e ações dos personagens, gostei muito mais desse segundo livro, não sei se teve algo a ver com o estilo da tradução (pois o tradutor muda do primeiro livro para o segundo), mas mesmo as partes monótonas ficaram mais simples, e até importantes (talvez também seja pelo fato de eu já ter me acostumado com o estilo de Larsson).

Esse segundo livro é muito mais sangrento, violento e com muito mais ação que o primeiro, com mais intrigas e investigações, mais mistério e emoção, apesar de tudo isso ainda senti falta de alguns personagens que não aparecem nesse volume, porém isso não vem ao caso.
É realmente incrível como o autor consegue criar tantos personagens, dando nomes e características distintas a cada um, são detalhes que fazem a diferença, uma roupa, um cabelo, uma cor, coisas e características simples, mas que ainda assim fascinam pela riqueza de detalhes.

O desenrolar dos fatos acontece rapidamente, porém em uma linha de tempo impecável. Pequenas equações surgem ao redor da história o que deixa tudo mais intrigante e fascinante. O final é excepcional, diferente e com um ar de “quero mais”. Demorei um certo tempo para ler o livro, umas três semanas, porque as coisas andavam corridas, em circunstâncias diferentes devoraria ele em no máximo uma semana.
Recomendo a todos. Mas esse livro é um daqueles que muita gente ama, mas muita gente odeia, então para firmar sua opinião, leia.  

“As equações absurdas, para as quais nenhuma solução é adequada,
 são qualificadas de impossíveis
(a+b)(a-b) = a²-b²+1”



P.S. Oi faladores, bom essa é a minha primeira resenha e não saiu aqui no blog, então para comemorar o novo layout decidi mostrar ela para vocês. Já estava mais do que na hora não acham? Espero que gostem! *-*






2 comentários:

Rebecca
adoro essa série,desde que lançou os filmes suecos.
Ainda não li o segundo livro,essa leitura não é uma leitura que flui muito,tempo que ter mta dedicação e força de vontade
kkkkkkkkkkkkkkkk

bjs Nati

Eu adoro esta triologia, eu já li Os homens que nao amavam as mulheres, fiquei imprecionada com o livro, ia começar a ler o segundo só que nao deu certo. Mas daqui algum tempo eu irei ler. Apesar do autor ter falecido ele deixou uma obra literaria otima.

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