Autor: Leonardo Monte
Editora: Novo Século
Páginas: 461
Origem: Parceria com o autor
Editora: Novo Século
Páginas: 461
Origem: Parceria com o autor
Sinopse: O terror está instituído pela fome, pela doença e pela miséria humana… A esperança como uma vela de pavio curto… morrendo… aos poucos. Canibais, Calabans, Mordecais, Pashits, Ankh-o-rus, Beliahs, Banshees, licantropos e toda sorte de criaturas que antes só existiam em nossos mais terríveis pesadelos vagam pela Terra indiscriminadamente… destruindo, aterrorizando… e, às vezes, até convivendo conosco em uma relação de total dominância… Cidades viraram ruínas… As pessoas voltaram a viver em vilarejos e feudos, sem um poder central, servindo a governantes tiranos e sanguinários que as exploram cada vez mais e mais… O medievo voltou… A era das trevas flagela novamente a Terra… A humanidade está a ponto da extinção… Em um ato de desespero, o Vaticano decidiu criar em diversos lugares do mundo as Academias de Caçadores… No Brasil criou-se a Cerberus… Nesse sombrio lugar, dominado pela fé cega e padres ortodoxos, corredores escuros e úmidos, luz de velas e treinos sangrentos, calabouços e forcas, encontraremos alguns de nossos personagens: crianças doadas em suas primeiras semanas de vida para transformarem-se em caçadores de extraplanares… Passarão oito anos de duras provações até sagrarem-se dignos… ou perecerão no caminho? Os fracos não servem a Cerberus… Você está preparado?
Classificação:
Ok, vocês sabem da minha dificuldade em começar uma resenha
de algo que gosto de mais, e esse é mais um incrível caso de bloqueio amoroso.
“Sempre gostei de ver o destino
como um deus... Pense bem: todos o tememos, ignoramos sua natureza, não sabemos
o que esperar dele, muitas vezes é injusto e é impossível fugir dele.”
“Cerberus” conta a história de um mundo pós-apocalíptico,
onde a tecnologia não existe mais e onde todos os seres mais temíveis de nossa
imaginação passaram a dividir o espaço conosco. As cidades apodreceram e
tornaram-se vilas, onde há um sério controle de natalidade e em algumas delas o
canibalismo é permitido por falta de alimentos suficiente para todos.
É nesse mundo confuso, assustador, mas ainda assim incrível
que vive nosso personagem principal. Renan tem entre 12 e 13 anos e foi deixado
pela sua mãe nas mãos do diretor da Cerberus, onde ele é treinado para
enfrentar os extraplanares, que são variados seres das trevas: vampiros,
demônios, fantasmas, entre outros. E acredite, nessa história, nenhum deles é
bonzinho.
“Sebastian podia sentir o mal
presente naquele local, um mal que ele conhecia e sabia exatamente de onde
vinha. Podia senti-lo, tão facilmente como um cão fareja um depósito de
carnes.”
Renan é um garoto corajoso, de pouca fé, mas que se esforça
muito para tudo que realmente quer e um desses desejos é se tornar corso, e
líder do seu bando, que é constituído por Mônica, Sebastian, João Pequeno, Caio
e Ilian.
Grupo esse que se envolve em um grande problema quando um
deles encontra um pergaminho proibido na biblioteca da escola e acaba
libertando um ankh-o-ru, espécie de
demônio mais poderoso que existe.
E é nessa situação que eles conhecem os “Ursos Vermelhos”,
um grupo de amigos , como eles, mas que estão
7º ano. Agora os dois grupos estão juntos para tentar concertar um erro
que pode ser mortal e extremamente perigoso é ai que vemos que a verdadeira
amizade surge quando menos se espera.
“Naqueles dias aprendi o valor da
amizade. Aprendi como se portam os verdadeiros heróis diante das dificuldades
quando nossa integridade é colocada à prova.”
O livro, em sua maior parte é narrado em terceira pessoa,
mas existem partes narradas por nosso herói, Renan, o que achei extremamente
importante, pois um livro narrado totalmente em primeira pessoa não nos permite
uma visão muito abrangente sobre as outras coisas e personagens.
Algo que realmente amei no livro é que apesar de Renan ser o
principal, a trama não se volta completamente para ele nem para tudo que ele
faz. Leonardo nos mostra um pouco da visão de cada um, o que nos permite
conhecer e se apegar a todos eles.
O livro é cheio de emoção. E para a alegria de todos a ação
vem logo nas primeiras páginas e não termina até a última, o que nos deixa
completamente presos a história e sempre com gostinho de quero mais. O que também me surpreendeu muito na obra, é
que mesmo nas partes mais tensas, Leonardo encaixa um bom-humor sublime, nos
fazendo rir em horas que parece ser impossível.
“-Mulheres. Vai entender.
-É verdade, será que existe um manual?”
-É verdade, será que existe um manual?”
Entre os muros da Cerberus, temos ação, romance, aventura,
suspense, terror, morte e comédia, tudo dosado perfeitamente. A trama também me
lembra um pouco da nossa amada série “Harry Potter” , mas prestem atenção, eu
disse que lembra e não que é uma cópia, muito pelo contrário, tenho certeza de
que todos os Potternianos como eu, vão amar.
O final é surpreendente e nos deixa com uma incrível vontade
de agarrar o segundo livro na mesma hora e olha que ele ainda está em processo
de criação.
“Sua noite fora recheada de
pesadelos, mas pouco importava... em breve, ele seria um pesadelo.”
Me surpreendi ao encontrar coisas mínimas para criticar no
livro. O autor cria seus personagens com extrema perfeição, o que de fato, é
ótimo, mas os personagens são muitos e confunde o leitor no começo da trama,
mas com o passar das páginas nos acostumamos com os nomes e detalhes sobre cada
um.
Também senti falta de mais explicações sobre um personagem
que viajou logo na primeira parte do livro, e diversas vezes me peguei
imaginando o que estaria acontecendo com ele, senti falta pois gostei muito do
personagem. Fora essas pequenas observações eu só tenho elogios ao livro.
“Ah, o amor (...) Esse sentimento
não pede licença para entrar em seu coração e como um cunhado folgado toma
posse de tudo que mais lhe é sagrado: sua vontade, seu pensamento, seu
espírito.”
A capa é incrível e a arte é perfeita. Não encontrei nenhum
erro de pontuação, digitação ou qualquer outro que seja e dessa vez nem mesmo
as folhas brancas me incomodaram. Bom, com todas as opiniões escritas, posso
afirmar que “Cerberus” é o melhor livro de fantasia nacional que li até hoje.
Gostaria de poder escrever mais sobre o que achei de cada
personagem, cenário, cena e todo o resto, mas se fizer isso vou acabar
escrevendo um livro sobre o livro Cerberus ashasuh. Espero que tenham gostado
da resenha, pois amei o livro. Recomendo para todas as idades e tenho certeza
de que vão gostar.
“E o mundo foi em frente...”
1 comentários:
Oi, Beccs!
Eu gostei do que você falou na resenha... pelo que parece o livro é tipo uma distopia "medieval" (futuro e passado), então?? hm, interessante...
Estou com esse livro em casa há alguns meses, mas ainda não consegui ler... Está nas minhas próximas leituras :)
Beijos.
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