Título Original: Warm Bodies
Autor: Isaac Marion
Editora: LeYa
Páginas: 252
Origem: Compra
Sinopse: Em algum momento da história os zumbis apareceram e
agora o mundo está destruído. Os humanos normais fugiram pra dentro dos enormes
estádios de futebol e lá criaram suas pequenas comunidades. Mas nossa história
é contada do ponto de vista de R, um zumbi que se arrasta como os outros, caça
como os outros, come carne e cérebros (a mais fina iguaria) como os outros, mas
que, às vezes tem sonhos de como era ser humano, tenta se lembrar de sua vida
anterior e filosofa sobre isso.
Um dia, em uma caçada, R encontra Julie e, no meio da carnificina que seu grupo
impõe ao dela, algo o impede de matá-la. Mas o que aconteceu? Será que ela é
diferente? É possível haver atração entre humanos e zumbis? Serão eles Romeu e
Julieta de um mundo pós-apocalíptico?
Isaac Marion mergulha fundo ao mundo dos zumbis e os leva a um novo patamar,
respondendo a essa e outras perguntas que assolam os fãs, como, por exemplo,
por que os zumbis comem o cérebro das pessoas, será que eles pensam ou só se
arrastam e babam e o que acontece com seu corpo depois de anos de degeneração.
Classificação:
“Era uma vez um conto de fadas
embolorado”... Não achei forma melhor de começar a resenha a não ser
pelas apresentações.
“Oi, eu sou um zumbi e isso não é tão ruim assim. Me desculpe
por não poder me apresentar direito, mas não me lembro do meu nome, nenhum de
nós se lembra. Também nos esquecemos de nossos aniversários, e das senhas do
banco. Acho que meu nome começava com R. É engraçado, porque, quando era vivo,
vivia me esquecendo do nome dos outros. Estou descobrindo que esse tipo de
ironia está muito presente na vida dos zumbis, mas é difícil rir quando mal
consigo falar.”
Sangue Quente conta a história de R, um zumbi que mora no
aeroporto abandonado da cidade com milhares, talvez milhões, de outros zumbis
como ele e não tem a menor ideia de qual é a sua idade. R não é diferente dos
outros. Ele come pessoas, cérebros, grunhe e não dorme, mas ao contrário do que
todos acham, ele pensa, e não gosta muito do que faz, mas sabe que não tem escolha,
é assim que as coisas são é assim que continuarão.
E R realmente acredita nisso, até encontrar um grupo de
adolescentes em uma caçada e comer o cérebro de Perry Kelvin, absorvendo suas memórias, logo após R encontra
Julie e contrariando a todos os seus instintos ele a salva, não somente de si
mesmo, mas também dos outros e a leva para o aeroporto com ele.
“(...) Quando você chega no fim do mundo, não interessa muito
que caminho pegou para chegar lá.”
Após alguns dias Julie decide que é hora de ir pra casa,
apesar de gostar de R ela sabe que seu pai o coronel Grigio irá atrás dela,
pois Nora sua amiga que se salvou da carnificina a viu sendo levada por R e
começar uma guerra agora pode ser a pior opção, mas sua fuga planejada não sai
muito bem e alguns zumbis descobrem que ela é uma garota viva não uma recém
convertida e a confusão está armada.
Por causa de Julie, R, está mudando, não sente mais a
necessidade de se alimentar, e não gosta de ver outros zumbis caçando, ele
começa a sentir as coisas de novo, e agora consegue se expressar melhor com
palavras. A mudança é iminente, mas acontece que nem todos gostam de mudar as
coisas como estão acostumados...
“(...) Consigo traçar uma linha sólida entre o dia em que
encontrei Julie e aquele momento, ali deitado ao lado dela numa cama sepulcral.
E mesmo tendo perdido ou descartado como lixo milhões de momentos da minha
vida, tenho certeza absoluta de que vou me lembrar desse pelo resto da minha
vida.”
Os Ossudos (os zumbis mais antigos e líderes do grupo) decidem
julgar a situação, já que nada assim foi visto antes, mas o veredito não foi
bom e R decide fugir para levar Julie em segurança pra casa.
Temendo pela vida do novo e diferente amigo, Julie foge
sozinha durante uma pequena pausa em seu caminho e deixa R para trás. Não
conformado com isso R decide ir atrás dela e com a ajuda de M, seu melhor
amigo, consegue se passar por um vivo e entrar no Estádio.
“-Ei, R, se eu beijasse você, será que seria... tipo...
convertida?”
Após alguns acontecimentos que não estavam nos planos R e
Julie precisam partir novamente para ajudar alguns outros zumbis que como R
estão mudando, mas com isso Julie declara guerra ao seu próprio povo. As coisas
definitivamente estão mudando, só resta saber se a mudança trará a cura ou a guerra.
“E precisam fazer isso mesmo, pois basta olhar para nós para
perceber isso. Somos várias centenas de monstros e uma garota de quarenta e
cinco quilos parados nos limites da cidade deles e com fogo nos olhos (...)”.
O livro, em sua maior parte é narrado em primeira pessoa do
ponto de vista de R, mas no final temos alguns trechos narrados em terceira
pessoa, a leitura é envolvente e bem rápida. A arte do livro é linda e os
detalhes em cada começo de capítulo nos deixam encantados.
Existem alguns erros de concordância e digitação, nada que
atrapalhe muito, mas que acabam irritando, outra coisa que irrita é a
personagem principal usar um palavrão específico quase todas as vezes que fala
alguma coisa.
“(...) Quando o mundo inteiro é construído com horror e morte,
quando a existência é um estado constante de pânico, é difícil ficar preocupado
com uma coisa só. Os medos específicos se tornam irrelevantes. Nós os
substituímos por um cobertor sufocante muito pior.”
Apesar dessas pequenas considerações “Sangue Quente” merece
as 5 estrelas e se tornou um dos meus livros favoritos, poucos livros fizeram
com que eu me envolvesse tanto com uma história e menos livros ainda
conseguiram com que a primeira coisa que eu fizesse ao acordar, fosse continuar
a ler e muito menos não conseguir dormir, por não conseguir parar a leitura.
Para finalizar um último comentário: Nicolas Hoult
definitivamente não é o meu R.
4 comentários:
Eu gosto do Nicholas como R , só não gosto daquela songamonga( esqueci o nome da atriz) como Julie......
Eu gostei muito do livro, com algumas resalvas,mas no contexto ele é interessante...
Eu já li este livro, realmente ela é bom. Apesar de muitas pessoas acharem que zumbis sorvem somente para comer cérebros, achei a ideia do livro genial, inovadora.
O único ponto que não achei legal, não entendi direito ou é porque realmente é sem noção foi o final (que não vou dizer, quem ler saberá).
Fora o fim, gostei do livro. Ótima resenha!
As Crônicas de Zazuleigo
http://www.ascronicasdezazuleigo.com
Eu preciso dizer que odeio zumbis, com todas as minhas forças!! rs... Tenho pânico daquelas criaturas horrorosas!!!!
Eu realmente não teria estômago pra ler esse livro, esse negócio dos zumbis comerem cérebros me faz enjoar só de pensar! Mas gostei do jeito que o autor conduziu a história, parece que fez a gente olhar os zumbis de uma forma mais humana, como seres pensantes.
Eu sempre pensei em zumbis como um monte de carne podre que só sabiam andar com os braços pra frente e matar as pessoas que encontrassem pela frente! rs... Se um dia me obrigassem a ler um livro sobre zumbis, com certeza escolheria esse! hehe...
Beijo!
Ju
Entre Palcos e Livros
Não sou muito fã de zumbis, acho meio idiota, mas tem muitos fã, o que eu não entendo.
Parece que esse livro virou filme, primeiro gostaria de ver, aí se eu gostar, gostaria de comprar esse livro
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