Na Minha Estante: Glimmerglass

Título Original: Glimmerglass: O encontro de dois mundos.

Autora: Jenna Black
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 294
Origem: Ganhei*

Sinopse: Dana Hathaway ainda não sabe, mas vai acabar se metendo em apuros quando decide fugir de casa para encontrar seu misterioso pai na cidade de Avalon: o único lugar na Terra onde o mundo real e o mágico se cruzam. No entanto, assim que Dana põe os pés  em Avalon, tudo começa a dar errado, pois ela não é uma adolescente comum – ela é uma faeriewalker, um indivíduo raro que pode viajar entre os dois mundos e a única pessoa que pode levar a magia ao mundo humano e a tecnologia a cidade de Faerie.

Não demora muito e Dana envolve-se no jogo implacável a política do mundo da magia. Alguém está tentando matá-la, e todos parecem querer alguma coisa dela. Desde seus novos amigos, a família e até Ethan, o lindo garoto com poderes fantásticos com quem Dana acha que nunca terá uma chance... Até ter uma.

Presa entre esses dois mundos, Dana não sabe bem onde se encaixa ou em quem pode confiar, muito menos se sua vida um dia voltará a ser normal.

Classificação: 

“Sabe aquele velho provérbio chinês que diz que devemos ter cuidado com aquilo que desejamos? Cara, como eu o entendia agora.”

Glimmerglass, primeiro volume da série Faeriewalker, conta a história de Dana Hathaway, uma adolescente mestiça (filha de um feérico e uma humana) de apenas 16 anos, mas que tem as responsabilidades de uma adulta. Dana mora com sua mãe que é alcoólatra e cuida dos afazeres domésticos, da sua própria educação e ainda por cima da mãe que poucas vezes se mantém sóbria o suficiente para fazer qualquer coisa, e isso tudo desde os 5 anos de idade.

Após um incidente com sua mãe bêbada, como de costume, em sua apresentação do coral da escola, Dana se cansa de cuidar das coisas e deseja ser cuidada como uma adolescente normal. Decide ir então atrás de seu pai feérico, do qual a mãe dela vive fugindo e dizendo o quanto ele é ruim. Mesmo assim Dana resolve procurar por Seamus Stuart, seu pai e um dos senhores seelie mais respeitados.

“(...) Não queria que ela fosse perfeita, só precisava que ela ficasse sóbria. Era pedir muito?”

Mas as coisas começam a dar errado logo no início. Ninguém vai buscá-la no aeroporto e ao chegar em Avalon (cidade onde o mundo mágico e o real se encontram) seu pai também não está a sua espera.  Interceptada pela polícia da fronteira Danna descobre que tem uma tia e que terá de ficar com ela por um tempo, pois seu pai estava preso.

Já com um mau pressentimento Danna vai com Grace (só para constar ela me lembrou muuuuito a Neferet de The House of Nigth), que a prende em uma espécie de cativeiro subterrâneo alegando ser para a sua própria segurança, mas ela não fica lá por mais do que algumas horas já que aparecem dois adolescentes feéricos, Ethan e Kimber, que dizem a estar salvando das garras malévolas da tia.

“(...) Sim era horrível morar com mamãe , ter de cuidar dela e mentir para meus amigos . Mas pelo menos era um inferno conhecido.”

Acha que é muita aventura por um dia? Danna também. Mas infelizmente isso não refreia os acontecimentos seguintes. Criaturas unseelie que nem poderiam entrar em Avalon tentam matá-la na mesma noite e o pior de tudo é que ela nem sabia o motivo, até que descobre não ser uma mestiça normal. 

Danna é uma faeriewalker, ou seja, tem o poder de transitar livremente entre os mundos. Ela pode frequentar o mundo real, Avalon e também Faerie, o que a torna bem poderosa, pois pode levar magia ao mundo real e tecnologia a Faerie, sendo que o último de sua “espécie” morreu a mais de setenta anos.

“-Você enxergou o que os faeriewalkers chamam de Glimmerglass- a janela que conduz ao mundo mortal e a Faerie ao mesmo tempo. Ouvi dizer que é... desorientador.”

A partir dessa descoberta o mundo de Danna vira de ponta cabeça, pois além de ter que lidar com muitas criaturas desconhecidas (e outras nem tão desconhecidas assim) tentando matá-la, tem que lidar com uma nova paixão que está surgindo pelo misterioso garoto feérico de olhos azuis, Ethan e também com mentiras e traições pelo lado que ela menos esperava. (Acho melhor eu parar por aqui antes que me empolgue ainda mais e conte toda a história do livro.)

Alguns personagens muito interessantes e imensamente legais surgem no decorrer da trama, como Finn, o Cavaleiro (ou se você preferir, segurança particular de Dana) e o bad boy Keane (Oh Keane! *_*) filho de Finn que se torna professor de defesa pessoal de Dana.

“(...)O cabelo dele caía sobe um dos olhos, encobrindo-o atrás da franja negra, mesmo assim eu me sentia mais presa pelo olhar dele que pelas mãos e pelo corpo. (...)”

A trama interira é bem envolvente e me surpreendeu muito, pois achei que seria aquele tipo de história em que o personagem principal é burrinho e desconhece o mundo mágico, e quando descobre e vem aquela avalanche de acontecimentos, sempre com o personagem fazendo milhões de bobagens, mas Dana não é assim, muito pelo contrário, ela é bem real e tenta agir da forma mais correta sempre. Ela chora quando se sente perdida e com medo, age como criança quando está irritada e é madura com todas as coisas relacionadas a sua família e seus dons recém descobertos.

O livro consegue ser emocionante, romântico e ao mesmo tempo engraçado, com partes realmente hilárias que me fizeram gargalhar em alto e bom som durante a leitura.

“- Lição número um- Keane continuou-, se vai lutar com alguém, tem que sentir vontade de machucá-lo ou nem vale a pena tentar (...)”

Narrado em primeira pessoa, Jenna consegue nos envolver facilmente no mundo mágico das fadas e nos faz amar e odiar os personagens conforme nossa personagem principal. Há uns dois errinhos bobos no livro, mas que não atrapalham a leitura de maneira nenhuma. Com certeza é um dos livros que recomendo a qualquer um que esteja precisando de um tempo da realidade.

A capa é simplesmente incrível e foi um dos itens que mais me chamou a atenção a arte é simples, mas impecável.

*Ganhei o livro do meu divo lindo, Guilherme Cepeda do Burn Book. 

Espero que gostem da resenha faladores, desculpa sumir (de novo), mas estou tentando eu juro *-*

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