Título: Hathor
Autor: Markus Thayer
Páginas: 349
Editora: Novo Século
Origem: Parceria com o autor
Sinopse: John McBrian é estudante de engenharia e tem uma vida normal até encontrar um antigo mapa na biblioteca do King’s Colege. Acompanhado de seu professor e seu melhor amigo, ele cruzará o oceano com o objetivo de chagar até onde o mapa aponta: a Serra do Roncador, no Brasil.
Perseguidos por pessoas misteriosas e atormentados pela incerteza, eles serão movidos pela coragem e pelo desejo de possuir o maior de todos os tesouros. Mas existe algo que ninguém sabe: Apenas John McBrian tem a chave!
Classificação:
“Dizem que os olhos são o espelho da alma. Através deles, percebe-se alegria, sofrimento, harmonia, êxtase, amor. É tão intenso que em algumas regiões do mundo é falta de educação olhar diretamente nos olhos de uma pessoa.”
Hathor. Confesso que essa é uma das resenhas mais difíceis que já escrevi, pois não sei muito bem por onde começar... O livro conta a história de John McBrian, um inglês estudante de engenharia em um ótimo colégio de Londres.
Parece uma história bem normal certo? Errado. Esqueça qualquer coisa que você acha que tenha a ver com o livro, seja lá o que for Hathor irá te surpreender.
Tudo começa durante os estudos e esforços de John para concluir um trabalho do King’s College. Enquanto fazia sua pesquisa em um velho livro da biblioteca, John notou que havia algo errado com uma das páginas...
“ De repente ao virar a página, percebeu que aquela era ligeiramente mais grossa que as demais. Examinando mais detidamente notou existirem duas páginas coladas.”
E o mais surpreendente ainda estava por vir, pois ele notou que existia um pedaço de papel entre essas duas páginas coladas, mas quem esconderia algo em um livro velho? Com medo de danificar a relíquia que aquele livro era John resolve procurar Sir Oliver, seu professor, para aconselhá-lo com o que fazer, e eis que muito habilidosamente o professor consegue extrair aquele estranho pedaço de papel, revelando algo enigmático que transformaria a vida dos dois para sempre.
Um criptograma ganha toda a atenção, até mais uma vez o professor com suas grandes habilidades conseguir decifrá-lo. O criptograma revela-se nada menos que um mapa do tesouro.
“John ficou estarrecido. A figura do livro era extremamente parecida com o desenho impresso na relíquia. Agora era fato: o professor havia decifrado o código do estranho papel.”
Decidindo ir atrás do tal tesouro ambos decidem partir em uma expedição para encontrá-lo, mas claro que nada é assim tão fácil. Emma, empregada de Sir Oliver fica sabendo da história do tesouro e sem a menor malícia conta ao seu namorado Klaus, um antigo marinheiro prussiano, que sem condições para se manter, torna-se ladrão.
Klaus e sua quadrilha partem na espreita dos pesquisadores com o intuito de roubar o tesouro assim que ele for encontrado, mas o mundo da voltas e a vida nos guarda muitas surpresas, o grupo de pesquisadores e o grupo de ladrões se unem nessa aventura.
Novas pistas apontam um novo caminho a seguir e todos decidem então partir para o Brasil, em busca da Serra do Roncador, onde quem sabe encontrariam o famoso tesouro, ou então uma outra pista.
“Os corações batiam acelerados. Os homens instintivamente prendiam a respiração.
- Outro mapa!? – disse por fim o professor.
Todos correram de uma só vez para ver a página do livro.”
- Outro mapa!? – disse por fim o professor.
Todos correram de uma só vez para ver a página do livro.”
E quando as coidas parecem que finalmente tomaram o rumo certo, aparecem outros obstáculos, bem maiores que os anteriores, pois o grande grupo atraiu a atenção de uma organização japonesa de ninjas, que farão de tudo para chegarem primeiro ao tão cobiçado tesouro.
Eles só não esperavam que esse tesouro fosse uma cidade, não uma cidade qualquer, mas sim a cidade de Hathor, que contém segredos, tecnologias e habitantes que são completamente ignorados pela população terráquea (se é que posso falar dessa maneira).
Mesmo em Hathor muitas aventuras ainda os aguardam, pois essa misteriosa cidade precisa da ajuda de nossos heróis. Devido há um problema genético não existem mais homens na cidade e a chegada de novos visitantes irá mexer com toda a população, inclusive com Briela, uma linda jovem filha da representante da cidade, PYnthia, que com suas incríveis habilidades já previa que algo de extraordinário aconteceria.
Brigas, amores, desejos, muitas novidades e conhecimentos ainda aguardam nossos destemidos aventureiros nesse novo mundo, onde John e seu recém conhecido amor Briela são a única esperança de toda uma raça.
“E agora aos oitenta e tantos anos, aprendera mais uma lição: o que faz um homem não é sua cor, sua raça ou seu dinheiro, é seu coração.”
O livro é narrado em terceira pessoa, o que como sempre nos permite uma visão geral da história, mostrando o pensamento e reações de cada personagem, a arte do livro é incrível, a capa é perfeita e enigmática, e após a leitura do livro passa a ter mais sentido ainda.
O começo do livro é um tanto quanto confuso, pois misturam-se muitos elementos, como por exemplo os ninjas que surgem do nada e acabam confundindo a cabeça do leitor, existem alguns pontos que poderiam ser melhor trabalhados para evitar essa confusão, mas com o passar da história nos acostumamos com a ideia.
O final é surpreendente e totalmente inesperado, deixando aquela grande pergunta no ar... “E agora?”, será que Hathor terá uma continuação? Ou Markus deixará o final a critério da imaginação do leitor?
Hathor é uma ficcção científica que foge de todos os padrões, uma história interessante e envolvente que literalmente te leva para outro mundo.
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