segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Na Minha Estante: Anjos à Mesa.

Título Original: Angels at the Table
Autora: Debbie Macomber
Editora: Novo Conceito
Páginas: 222
Origem: Cortesia da Editora

Sinopse: Quando Will identifica dois solitáros no meio da multidão, ele decide que a meia-noite será o momento perfeito para dar aquele empurrãozinho divino de que eles precisam para acabar com a solidão.
Então, por “acidente”, Lucie Ferrara e Aren Feirchild esbarram-se no meio da alegria da desta, mas assim como se aproximam, acabam se perdendo: um encontro marcado que não acontece os afasta pelo resto da vida. Ou será que não?
Um ano Depois, Lucie é a chef de um novo e aclamado restaurante e Aren é um colunista de sucesso em um grande jornal de Nova York. Durante todo o ano que passou, os odis não se esqueceram daquela noite.
Shirley, Goodness. Mercy e Will também não se esqueceram do casal... Para uni-los novamente, os anjos vão usar uma receita antiga e certeira: amor verdadeiro mais uma segunda chance ( e uma boa dose de confusão), para criar um inesquecível milagre de Natal.


Classificação:





 “(...) Com Deus, não havia acidentes.”


Clichê. É a primeira palavra para definir esse livro da escritora norte-americana Debbie Macomber, lançado em dezembro pela Editora Novo Conceito. No entanto, “clichê” não é necessariamente uma coisa muito ruim. O livro “Anjos à Mesa” pode ser considerado aceitável.

O livro conta a história de Aren, um crítico gastronômico, e Lucie, uma chef de cozinha, e como o título já diz, o livro também envolve anjos. Mary, Shirley, Goodness e Will são “Embaixadores da Oração”, ou seja, eles são anjos que tem a missão de ajudar os seres humanos a realizarem os pedidos que fazem à Deus, mas uma das regras mais absolutas que eles tem, é de nunca interferir diretamente nos assuntos humanos, mas é claro que eles não levam essa regra muito a sério.

Assim sendo Will trata de dar literalmente um empurrãozinho para que Aren e Lucie se encontrem na noite de ano novo, mas o que ele não sabia é que o encontro de ambos já estava planejado por Deus, sendo assim, Will acabou atrapalhando, pois o casal se conheceu antes do que deveria.



Como as coisas não saíram conforme os planos de Deus, um desencontro de um ano ocorre entre o casal que parecia ser feito um para o outro, até que Will é designado a visitar o restaurante “Encantos Divinos” de Lucie e sua mãe Wendy e os anjos entram novamente em ação. É obvio que tentando ajudar e melhorar um dos pratos de Lucie, eles estragam novamente os planos do Senhor, fazendo com que Aren escreva uma crítica péssima sobre o local.


“(...) Ainda que, em função de suas muitas experiências, Mercy tivesse aprendido que com 
Deus, tudo é possível.”


Forçado a dar uma segunda chance ao restaurante, nosso personagem principal comprova que algo estava errado no dia, pois a comida é realmente divina, e logo descobre que a chef é Lucie, a mulher que ele não conseguiu tirar da cabeça durante todo o ano em que ficaram sem nenhum contato, mas a crítica ruim assinada pelo nome fictício de Eaton Well poderá interferir mais uma vez no romance dos personagens principais.

Ok, história resumida vamos começar com os pontos fortes e fracos. Confesso que sou chegada em um clichê, então gostei muuuito dos personagens anjos, pois são muito engraçados, despojados e nos dá uma visão diferenciada de Deus.



Gostei imensamente mais dos personagens secundários do livro, como Wendy, a mãe de Lucie, e Josie, a irmã de Aren. Os personagens principais em si são muito comuns e a paixão que surge imediatamente entre eles é completamente infundada, coisas que realmente só aconteceria em um livro. E o clichê já surge na profissão de ambos, um crítico gastronômico e uma chef? Acho que teria melhores maneiras de juntar o casal.


“-Mas Aren, Lucie não sabe de toda a verdade sobre você.
Esse era o único obstáculo em seu caminho. Ele esperava esclarecer as coisas no domingo, fosse antes ou depois do jantar.”


Como em todo romance clichê, os acontecimentos simplesmente bombam no rosto do leitor, sem explicação ou justificativa. O amor surge, o destino os separa, os une novamente, mas há um enorme empecilho para que eles fiquem juntos. Uma formula pronta e infalível com algumas pitadas de uma tentativa de comédia.


É um prato cheio para quem gosta de livros nesse estilo, previsíveis e românticos. Leitura leve, apenas para distração. Não gostei muito da capa, apesar de ser uma história de natal, ela poderia ser muito mais trabalhada, no entanto amei a fonte utilizada e a arte e detalhes no interior do livro são incríveis.

Achei a tradução fraca, apesar de não entender muito sobre o assunto, as palavras usadas poderiam ser melhor escolhidas, já que temos uma imensidão delas, talvez isso possa ter sido um enorme agravante para que eu não tenha gostado mais do romance de Debbie.

Confesso que só dei três estrelas ao livro por algo que achei realmente lindo, que foram os quotes que falam sobre o amor de Deus para com nós, seus filhos. Isso realmente me pegou de jeito, mas foi a única coisa que realmente fez com que eu desse um sorrisinho ou soltasse um “OWN” durante a leitura.



Errinhos tolos deixam a história ainda mais boba e sem sentido, como trocar o nome das personagens Lucie e Josie já nas páginas finais. E pelo que entendi nos agradecimentos esse não é o primeiro livro da autora com os personagens anjos, confesso que fiquei curiosa para dar uma espiada no outro romance e ver se consegue ser melhor que “Anjos à Mesa”.


“- Os humanos de lá são tão teimosos quanto os daqui?
-Ah sim, os humanos são iguais em qualquer lugar.
-Incrível. E Deus os ama mesmo assim?
-É difícil compreender, mas Ele os ama. É realmente inacreditável quando você pensa o quão obtusos eles são.”





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