domingo, agosto 21, 2011

Entrevista: Eliane Quintella.






Olá Eliane, primeiro gostaria de dizer que amei o seu livro, e que estou muito ansiosa para receber o segundo volume quando ele for lançado...
Olá Rebecca. Sou eu quem lhe agradeço pela entrevista e pela parceria. Você é ótima! Eu também não vejo a hora de ter o segundo livro da saga lançado e saiba que quero contar com você para toda saga.

Vamos começar com as apresentações que tal? Conte um pouquinho mais de você, com o que trabalha (além dos livros), o que gosta de fazer, etc... Conte-nos um pouquinho mais sobre a Eliane por trás das letras...Meu caminho é um pouco diferente, pois estou me dedicando agora em período integral à vida de escritora. Eu me formei em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, não porque eu não soubesse ainda que escrever era o amor da minha vida, pois disso eu sempre soube, mas porque não existia uma faculdade na qual eu poderia me formar escritora e, apesar de jornalismo e letras serem opções para quem gosta de escrever, eu não tinha vontade de cursar essas faculdades, por isso deixei meu lado idealista falar mais alto e resolvi cursar a faculdade de Direito, somado ao fato que artistas que eu admirava, como Vinicius de Moraes, Clarice Lispector, Eça de Queiroz, Gonçalves Dias, entre outros, tinham cursado Direito. Eu posso dizer que eu gostei muito de estudar Direito, é realmente fascinante. Fiquei tão entusiasmada com a faculdade que comecei a trabalhar com Direito logo no segundo ano como estagiária, quando tinha 18 anos. Assim que terminei a faculdade ingressei no mestrado na mesma Universidade e o conclui em 2004, sempre tendo trabalhado como advogada. E, justamente por considerar minha carreira sólida e por gostar de Direito, prossegui na vida jurídica. É claro que nunca deixei de lado o grande amor da minha vida que é escrever. Por isso não obstante gostar bastante de Direito, eu sabia que o que eu amava fazer era escrever, o Direito poderia ser uma paixão, que pela prática diária, distante do lado idealista pelo qual nos apaixonamos, foi perdendo seus atrativos. No ano passado conclui PACTO SECRETO e apesar de sentir uma vontade louca de largar a vida jurídica no dia seguinte, quis deixar o tempo passar, amadurecer a ideia, para ter certeza de que era o que eu realmente queria fazer e que não estava apenas seguindo um impulso. Por isso, depois de um ano que havia escrito o livro, o que ocorreu após o lançamento do livro, eu larguei a vida jurídica para me dedicar integralmente para o que eu mais amo fazer, que é escrever.

Quanto ao que gosto de fazer, devo dizer que adoro praticar exercícios físicos que possam de alguma forma me desafiar, adoro ver filmes com meu marido, pipoca e brigadeiro, e, por incrível que pareça, gosto muito de ficar sozinha pensando na vida.


Que gêneros literários são seus preferidos? Por que gosta deste tipo de leitura?
Eu adoro romances policiais e suspense, quando era adolescente devorava os livros da Agatha Christie e tenho uma tendência a procurar livros desse gênero. Contudo, eu não me limito a eles, apesar de serem meus favoritos. O humor de Nelson Rodrigues, por exemplo, me fascina, assim como o jeito interessantíssimo com que Clarice Lispector escreve. Recentemente li um romance de Ayn Rand, A Revolta de Atlas, e me apaixonei pela filosofia que estava inserida a longo de toda trama. A genialidade de Machado de Assis no seu conto, A causa secreta, é rara e me faz admirá-lo. Enfim, por tudo isso, é muito difícil me prender somente a um gênero.


E os autores?
Já citei alguns, mas vale reforçar Clarice Lispector, Nelson Rodrigues, Agatha Christie, Ayn Rand, entre muitos outros.

O que te levou a começar a escrever “Pacto Secreto”? Qual foi sua inspiração para a história?

Com certeza vem da minha infância. Eu assistia com meu pai a filmes de suspense e terror como: Janela Indiscreta, Um corpo que cai, A profecia, Triângulo das Bermudas, O retrato de Dorian Gray, entre outros. Eu era muito pequena quando assisti a esses filmes, não devia ter mais que sete, o que pode parecer incomum, mas o fato é que eu adorava. As primeiras redações que eu escrevi (não sei em que idade começamos com as redações na escola) já eram de suspense com um quê de sobrenatural, pois elas sempre me atraíram. Além disso, meu pai também me emprestava inúmeros romances policiais para ler e eu os devorava na minha adolescência. Tudo isso fez com que eu tivesse vontade de contar a história de um pacto com o diabo. Foi muito natural para mim.

Você tem algo de incomum com sua personagem principal Valentina? Que se me permite dizer, é incrível! Admiro muito a coragem dela. Vocês tem isso em comum?

A Valentina não é a Eliane, mas como criei a Valentina inspirada em personagens que admiro, há características semelhantes, pois são qualidades e valores que me guiam. E a coragem é uma dessas características. Eu gosto de me desafiar, gosto de transpor meus limites e ir além. Faço isso de forma responsável, sempre considerando minha própria capacidade e minha real vontade de partir para o desafio.

Como foi a produção do livro e a emoção de ver seu trabalho publicado?

Foi a realização de um sonho.

Bom, sabemos que o livro tem uma continuação, fechando assim uma trilogia, quanto tempo demorou para ter seu trabalho concluído?

Eu demorei uns seis meses para escrever Pacto Secreto, como eu ainda trabalhava com Direito, me entregava a escrita durante as madrugadas e os finais de semana. O segundo livro da saga já foi mais rápido, acredito que só demorei dois meses. E o terceiro livro, História Secreta, demorou um pouco mais, acredito que foram uns seis meses novamente. Ao todo, um ano e dois meses.

Com uma história tão original e ousada deve ter dado aquele famoso “frio na barriga” com a publicação, não? Conte-nos um pouquinho sobre isso.

Eu sei que meu livro tem sido considerado polêmico, mas eu não pensei nisso quando o escrevi, tampouco quando o publiquei. Para mim a liberdade é um valor tão importante e fundamental que como autora, e, portanto, criadora de uma obra, eu não poderia me deixar bloquear ou me limitar por tabus e falsos moralismos. O artista deve ter a liberdade para criar o que quiser. As pessoas devem ter a liberdade para ler o que quiserem. Se os grandes inventores e artistas tivessem medo de suas ideias diferentes, sejam elas ousadas ou não, o mundo não seria como ele é hoje, não teríamos avançado ou teríamos avançado pouco. Não podemos trancar em gavetas o que queremos dizer. É sobre isso que trata a liberdade de expressão. E tenho que acrescentar que meu livro mostra um pouco do outro lado, vamos dizer assim, questionando alguns conceitos religiosos como o pecado, a compaixão, mas como a liberdade religiosa existe e deve ser respeitada não percebo como isso pode ser polêmico. A verdade é que para mim é muito natural questionar tudo e por isso não compreendo porque não podemos questionar também a religião. Além disso, parece-me claro que em um mundo de culturas diversas, bagagens diversas, passados distintos, as religiões também serão diferentes e isso é que é natural e nós temos que respeitá-las, quanto mais se considerarmos que a religião de uma pessoa começa com o ato de crer, pura e simplesmente, um ato sem explicação racional.

Quando surgiu a vontade de escrever?

Sinceramente desde que comecei a ler e a escrever eu tive certeza que era o que eu mais gostava de fazer. Não me lembro quando foi. Acho que esse amor pela escrita já nasceu comigo.

Para encerarmos gostaria de agradecer imensamente o carinho que você teve com o blog, e deixar esse espaço para que você deixe algum recado para os leitores.


Sou eu quem lhe agradeço pela entrevista. Adorei! Obrigada pela parceria! Para os meus leitores, eu gostaria de agradecer por terem lido PACTO SECRETO e dizer que a história vai esquentar com PRAZER SECRETO. Não percam! Um grande abraço a todos. Eliane


Espero que vocês todos tenham gostado tanto quanto eu *-----* 
Um grande e imenso beijo Eliane <3 




2 comentários:

Parabéns pela entrevista viu?

A Eliane, sem dúvidas, é a minha preferida em relação aos novos autores que tive a oportunidade de ler, e a conclusão dessa trilogia, a mais aguardada.

Beijoos (Ricardo - www.overshock.blogspot.com)

eu ganhei o livro dela num sorteio
ele veio com dedicatória *-* amei
e eu gostei muito da historia

parabens

bjos

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