Na Minha Estante: A Esperança.

Título Original: Mockingjay

Autora: Suzane Collins
Editora: Rocco
Páginas: 421
Origem: Compra

Sinopse: Depois de sobreviver duas vezes à crueldade de uma arena projetada para destruí-la, Katniss acreditava que não precisaria mais lutar. Mas as regras do jogo mudaram: com a chegada dos rebeldes do lendário Distrito 13, enfim é possível organizar uma resistência. Começou a revolução. A coragem de Katniss nos jogos fez nascer a esperança em um país disposto a fazer de tudo para se livrar da opressão. E agora, contra a própria vontade, ela precisa assumir seu lugar como símbolo da causa rebelde. Ela precisa virar o Tordo. O sucesso da revolução dependerá de Katniss aceitar ou não essa responsabilidade. Será que vale a pena colocar sua família em risco novamente? Será que as vidas de Peeta e Gale serão os tributos exigidos nessa nova guerra?

Classificação: 

“Certos passos você tem de dar sozinho.”

Antes de começar a resenha propriamente dita, quero deixar registrada essa raridade, façp parte dos 2% que classificou esse livro como DUAS estrelas. Certo, antes de mais nada eu nunca classifiquei um livro em tão baixo nível e nunca, jamais, nunquinha mesmo, imaginei que esse seria o primeiro,mas aqui estamos nós e pra tudo tem uma primeira vez. Antes que me matem eu também sou MUITO FÃ de “Jogos Vorazes” então não me julguem completamente mal até lerem toda a resenha combinados?

O último livro da trilogia de Jogos Vorazes já chegou aqui com um belo debate, o título, traduzido como “A Esperança” causou muita revolta, e após ler o livro, posso garantir que o título causa ainda mais revolta ao final da leitura.

“(...)Gale solta a frase seguinte muito lentamente. –Katniss... ele ainda está tentando manter você viva.”

A trama começa em cinzas. Literalmente. Após o resgate de alguns vitoriosos da arena dos jogos o Distrito 12 é castigado e bombardeado sem piedade e sem aviso, matando assim mais da metade de sua população. Aqueles que sobraram foram ajudados por Gale e resgatados mais tarde pelo Distrito 13.

Sim, o Distrito 13 realmente e existe e é muito forte, cheio de todas as tecnologias possíveis e de maiores proporções do que se pode imaginar. Comandado por Coin é um distrito cheio de regras e horários, onde soldados são criados e treinados para combater a Capital.

“Veneno. A arma perfeita para uma cobra.”

 Por mais que não aparente, Coin é muito pior que Snow, ela manipula sem dó ou receio, e faz isso por baixo dos panos, como se fosse a melhor pessoa do mundo. Ela é sínica e Snow apesar de ser tudo isso e um pouco mais, sempre deixou muito claro o que queria e tudo o que fazia de ruim para conseguir. O Distrito 13 está mais para uma mini Capital, pois nem sabendo de todas as dificuldades que os outros distritos passaram não se manifestou a ajudá-los até que o momento lhe foi propício e Coin viu a chance de tomar o poder.

Peeta foi capturado pela Capital e está sendo torturado de todas as formas possíveis, formas essas que o deixam fora da realidade em um estado de loucura e medo que espanta todas as boas lembranças que tem de Katniss.

“Todos esses meses achando que era liquido e certo que Peeta me considerava uma pessoa maravilhosa agora fazem parte do passado. Finalmente, ele está conseguindo me ver como eu realmente sou. Violenta. Não confiável. Manipuladora. Mortífera.
E eu o odeio por isso.”

A luta começa. A luta contra a Capital. A luta para recuperar a memória de Peeta. A luta para manter Prim viva. A luta contra Coin. A luta contra Snow. A  luta em descobrir por quem está apaixonada. A vida de Katniss virou um campo de batalha, dentro e fora de sua mente.

Até metade do livro eu estava simplesmente amando (apesar do vazio e falta do meu amor Peeta), o livro estava bem desenvolvido, com os toques certos de mistério e dúvidas. Os novos personagens são encantadores e envolventes, mas ai, tudo desanda.

“-Bom , não espere que a gente fique impressionado. Acabamos de ver Finnick Odair só de cuecas. –Decido que vou gostar de Boggs.”

Após a metade do livro a impressão que tenho da história é que Suzanne Collins não aguentava mais escrever e estava fazendo de tudo para terminar logo a trama de Katniss. Personagens bons que dariam muita história e que a própria autora salvou algumas vezes foram mortos, até ai tudo bem, é uma guerra. Apesar de ser revoltante é compreensível.

Mas ai vem a bomba, literalmente a bomba que acaba com toda a história do último livro. Não me incomodei e nem me emocionei com o final e com o que a maior parte dos leitores se revoltou. Fiquei mesmo revoltada com uma pequena dúvida que nos é implantada e não é respondida nunca.

“(...)Não tenho mais nenhum compromisso com aqueles monstros chamados seres humanos. Eu mesma me desprezo, por fazer parte deles(...).”

Outra coisa que colaborou muito foi a forma como as coisas aconteceram, o destino dos personagens que sobreviveram são simplesmente citados. Não temos uma despedida nem uma escolha, nem uma explicação, simplesmente se ouve falar que o personagem está morando em outro Distrito, ou que permanecerá no 13.

E para piorar e concluir minha revolta o final é tão horrível que me da a impressão de “já que você está aqui, é com você que eu vou ficar”. O casal final poderia ser lindo e ter uma bela história, mas ficam empurrados, como se não tivessem escolha a não ser ficarem juntos (e olha que era o casal para o qual eu estava torcendo! ). Ok. A frase final é linda, genial e incrível, mas o problema é esse, não era somente para a frase final ser perfeita, era para ser a história inteira do casal. Um pouquinho de emoção faz bem Collins.

O livro com certeza não é de todo ruim, mas o final atropelado e afobado acabou com toda uma trama perfeita de guerra e romance.Só recomendo aos fãs que já começaram a ler a trilogia, do contrário eu poderia ter terminado a história na metade do livro, ou mesmo com “Em Chamas” que é simplesmente quente!

“-Ah, isso eu sei. –Consigo apenas captar as últimas palavras de Gale através da camada de pelo. –Katniss vai escolher aquele sem o qual ela acha impossível conseguir sobreviver.”

Posted in: Na minha estante, Resenha