segunda-feira, abril 15, 2013

Na Minha Estante: A Hospedeira.


Título Original: The Host
Autora: Stephenie Meyer
Editora: Intrínseca
Páginas: 557
Origem: Compra

Sinopse: Melanie Stryder se recusa a desaparecer.
Nosso planeta foi dominado por um inimigo que não pode ser detectado. Os humanos se tornaram hospedeiros dos invasores: suas mentes são extraídas, enquanto seus corpos permanecem intactos e prosseguem suas vidas aparentemente sem alteração. A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo.
Quando Melanie, um dos humanos “selvagens” que ainda restam, é capturada, ela tem certeza de que será seu fim. Peregrina, a “alma” invasora designada para o corpo de Melanie, foi alterada sobre os desafios de viver dentro de um ser humano: as emoções irresistíveis, o excesso de sensações, a persistência das lembranças e das memórias vividas. Mas há uma dificuldade que Peregrina não esperava: a antiga ocupante de seu corpo se recusa a desistir da posse de sua mente.
Peregrina investiga os pensamentos de Melanie com o objetivo de descobrir o paradeiro dos remanescentes da resistência humana. Entretanto, Melanie ocupa a mente de sua invasora com visões do homem que ama: Jared, que continua a viver escondido. Incapaz de se separar dos desejos de seu corpo, Peregrina começa a se sentir intensamente atraída por alguém que submetida por uma espécie de exposição forçada. Quando os acontecimentos fazem de Melanie e Peregrina improváveis aliadas, elas partem em uma busca incerta e perigosa do homem que ambas amam

Classificação: 





“(...)Em tantos milênios os humanos nunca entenderam o amor. Quanto é físico, quanto está na mente? Quanto é acidente e quanto é destino? Por que casamentos perfeitos se desintegram e casais impossíveis prosperam? Não sei as respostas nem um pouco mais que eles. O amor simplesmente está onde está.”

“A Hospedeira” é um livro classificado no gênero de ficção científica, e conta a história de Melanie Styder e Peregrina, uma humana hospedeira e uma alienígena invasora, mas ao contrário do que vemos em livros do gênero, os extra terrestres, aqui, não são verdes, gosmentos e perigosos. Eles são intitulados de “almas” e necessitam de um corpo hospedeiro para sobreviver, mas apesar disso não são capazes de causar o mal, pelo contrário, nos planetas por onde passaram, reconstruíram, reconstituíram e recuperaram o que a espécie original danificou, mas claro que os humanos não veem dessa forma já que a suas vidas são tomadas por essas espécies pacifistas e evoluídas.

Melanie é uma das poucas humanas sobreviventes no planeta Terra e vive escondida com seu irmão mais novo Jamie e seu amor Jared, que é consideravelmente mais velho que ela, porém ao descobrir que sua prima ainda é humana e tentar recuperá-la Melanie é capturada pelos Buscadores e Peregrina é inserida para tomar seu lugar, mas ao contrário do esperado, Mel não vai embora.

Ela se recusa a deixar sua mente ser tomada pela estranha que controla seu corpo e luta para que não encontrem também Jamie e Jared já que agora Peregrina tem acesso a todas as suas memórias, mas são exatamente essas fortes memórias que a acabam ajudando, pois fazem com que Peg também sinta todo esse imenso amor por Jamie e por Jared

“Eu conhecia o exagero humano para a tristeza – o coração partido. Melanie lembra-se de usar ela mesma a expressão. Mas eu sempre tinha pensado que era uma hipérbole, uma descrição tradicional para algo que não tinha nenhum vínculo fisiológico real, como o dedo verde. Assim eu não estava esperando uma dor em meu peito. A náusea, sim, o nó na minha garganta, sim, e, também, as lágrimas queimando meus olhos. Mas o que era aquela sensação de dilaceramento bem debaixo de meu peito? Aquilo não fazia nenhum sentido lógico.”

Guiada pelos desejos de Melanie e pelos seus próprios Peg segue instruções misteriosas para encontrá-los, e por sorte os encontra, mas eles veem Peg e não Melanie, e não sabem que Melanie ainda está viva dentro dela, nem mesmo imaginam que isso é possível. A morte é iminente, mas uma sucessão de acontecimentos imprevisíveis ocorrem após sua chegadas as cavernas incluindo a transformação de um personagem que passa a acreditar e protegê-la, mais do que qualquer outro.

“-Por favor, Ian- roguei. –Quero falar com ele.
Ian me olhou por um longo minuto, então se voltou para fazer uma carranca para Jared. Ele bradou cada sentença como uma ordem.
-O nome dela é Peg, não coisa ou troço. Você não vai tocar nela. Qualquer  marca que deixar nela, vou fazer em dobro nessa sua pele inútil.
Estremeci à ameaça.”

Porém perguntas sempre surgem para assombrar o que parece estar perfeito: Até onde Peregrina é capaz de ir por um amor que ela não sabe se é dela? O quando ela suporta por uma raça que não é sua? Ela consegue ser uma traidora? Consegue realmente amar os monstros humanos a ponto de sacrificar seu maior segredo?

“Pisquei para eliminar a umidade indesejada em meus olhos. Eu não sabia quanto mais poderia aguentar. Como alguém sobrevivia neste mundo, com esses corpos cujas lembranças não ficavam no passado, como deveriam? Com essas emoções tão fortes, que eu já nem podia mais saber o que eu sentia?

Não posso falar muito mais do que isso ou spoilers seriam soltos. O livro com toda a certeza pode ser considerado um romance já que a própria autora declarou que o que mais gostou de escrever foi poder explorar o amor de todas as formas possíveis, e é exatamente isso que vemos. Temos um triangulo amoroso dentro de dois corpos, temos um amor platônico, o amor fraternal, o amor maternal, o amor de irmão, o amor de amigo e o amor sem fronteiras ou barreiras...

Realmente me apaixonei pela trama do livro, os personagens são muito bem escritos, todos com defeitos, nenhum deles é perfeito, todos cometem erros, todos são acima de tudo humanos, os cenários não mudam muito o que talvez torne a  trama um pouco maçante, a história é narrada em primeira pessoa o que nos faz entender melhor os sentimentos e a confusão de ter duas pessoas vivendo em um único corpo, mas nos faz ignorar personagens que poderiam ter maior destaque.

Quanto a capa é linda e realmente reflete o conteúdo das páginas, as folhas são amarelas, a diagramação é pequena, mas é compreensível, pois o livro é bem extenso, mas algo que realmente incomodou e que tirou a estrela da nota foram os MUITOS, não estou falando de alguns, foram realmente MUITOS erros na revisão do livro. Pois é, são erros esdrúxulos de digitação, concordância e ortografia que me decepcionaram com a editora, além de irritar e atrapalhar o desenvolvimento da leitura.

“Talvez tivesse de ser assim. Talvez sem os pontos baixos os altos não pudessem ser alcançados.”

Algumas partes monótonas e talvez desnecessárias na narração também não ajudam no ritmo, principalmente no começo da leitura, mas acreditem,  apesar de tudo isso vale a pena ler até o final *-*

E antes que perguntem não, o livro não tem absolutamente nada a ver com “Crepúsculo”, apesar de também mudar o conceito geral sobre alienígenas, assim como “Crepúsculo” fez com vampiros, o foco narrativo e o público são diferentes, o que torna essa nossa segunda história mais madura, não tanto quanto poderia ser, mas melhor que a personagem anterior.

“(...)Não era hora de autopiedade. Havia questões mais importantes na ordem do dia que o meu coração, mais uma vez partido.”





1 comentários:

Uma amiga falou muito bem deste livro, fiquei bem curiosa, mas estou com tantos outros na lista que vai ficando pra depois.

beiJUs
http://feiffercereja.blogspot.com.br/2012/11/vinho-viii.html

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