terça-feira, fevereiro 26, 2013

Na Minha Estante: Orgulho e Preconceito.

Título Original: Pride and Prejudice
Autora: Jane Austen
Editora: Martin Claret
Páginas: 469
Origem: Compra

Sinopse: (...) Austen nos apresenta Elizabeth Bennet como heroína irresistível e seu pretendente aristocrático, o Sr. Darcy. O enredo aborda múltiplos aspectos: o orgulho encontra o preconceito e a ascendência social; equívocos e julgamentos antecipados conduzem alguns personagens ao sofrimento e ao escândalo. Porém muitos desses conflitos da trama conduzem os personagens ao autoconhecimento e ao amor. O livro pode ser considerado a obra-prima da escritora que, com sua refinada ironia, equilibrada comédia e serenidade a uma observação meticulosa das atitudes humanas.


Classificação: 




Eu poderia começar essa resenha com a frase mais famosa e conhecida do livro, mas não farei isso por ser previsível, coisa que Jane Austen não é e não merece que sejam com ela. Preparem-se para uma resenha nada curta, pois este é meu livro favorito de todos os tempos.

“Vaidade e orgulho são coisas diferentes, embora sejam palavras usadas muitas vezes como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho está mais ligado à opinião que temos de nós mesmos; e a vaidade, ao que os outros pensam de nós.”

Confesso que fui relutante para com a famosa história de Jane, baseada em um dos filmes de suas obras que realmente não gostei, e confesso que como no livro fui precipitada e preconceituosa ao supor antecipadamente que não gostaria.

Orgulho e preconceito conta a história da família Bennet, focada principalmente em duas irmãs, Elizabeth, nossa heroína principal e nada convencional e a bela e doce Jane. A trama se passa no começo do século XIX e aborta todas as coisas das quais naquela época eram importantes e irremediáveis.

“(...) –Como a vaidade e o orgulho.
-Sim, a vaidade é, sem dúvida, uma fraqueza. Mas o orgulho... Onde houver uma autêntica superioridade mental, o orgulho sempre terá os seus direitos.”

Elizabeth é uma moça de origem humilde que vive com os pais, sendo a segunda dentre as mais velhas irmãs, ela não é a mais bela, pois este posto cabe a mais velha delas, Jane, nem a mais inteligente, pois esse cabe a Mary, não é a mais divertida, já que Kitty faz qualquer coisa por um bom baile e muito menos a mais namoradeira, já que Lydia faz de tudo pelas atenções dos homens. Lizzy é mediana, porém dona de um humor e uma ironia que a faz a preferida das filhas pelo pai.

A história começa quando em um baile da cidade aparecem dois jovens e novos cavalheiros, Sr. Bingley e Sr. Darcy, dois amigos tão diferentes um do outro quanto duas pessoas podem ser. Bingley é gentil e simpático com todos, já Darcy é calado e antipático, falando apenas o necessário e quando não há outra alternativa.

 “(...)-Muitíssimas vezes a nossa vaidade é que nos ilude. As mulheres julgam que admiração signifique mais do que realmente significa.
-E os homens fazem de tudo para que assim seja.”

O primeiro logo se interessa por Jane e desperta o afeto de todos ao seu redor, o segundo desperta a antipatia, incluindo da parte de nossa Lizzy, que sempre se julgou ótima em definir caráter.

Quando o regimento chega a cidade, traz mais uma novidade com si, Sr. Wickham atrai olhares aonde quer que vá, a simpatia e a estima das mulheres, o que também inclui os olhares, a estima e a simpatia de Lizzy, logo fazendo dela uma confidente, ele conta segredos sobre Sr. Darcy que a fazem odiá-lo ainda mais, mas o que ela não desconfia é que nessa história os papeis podem estar invertidos e as aparências podem e muito enganar. O vilão pode ser o mocinho e o mocinho pode ser o vilão.

“(...)Se estivesse apaixonada, não poderia ter sido mais miseravelmente cega! Mas a minha loucura foi a vaidade não o amor. Lisonjeada com as atenções de um e ofendida com o desdém do outro, logo que os conheci adotei o preconceito e a ignorância e despedi a razão, quando tive de optar.Até agora, eu não me conhecia.”

Casamentos, bailes, e muitas cortesias são essenciais nessa literatura, o que torna tudo mais romântico, misterioso e por incrível que pareça, real.

Como o próprio título já sugere, o livro tem a trama baseada em orgulho e preconceito, sendo Sr. Darcy comparado com o orgulho e Elizabeth com o preconceito, nos ensinando a não julgar precipitadamente e dar segundas, terceiras e até quartas chances ao que chamamos de amor.

“(...) –Quantas coisas terei para contar!
Elizabeth acrescentou com seus botões: E quantas terei para esconder!”

Com ironia, humor e amor Jane nos mostra um mundo novo de romances clássicos e de possibilidades infinitas para agradar até o mais exigente dos leitores.

Sei que essa não é a minha melhor resenha, mas sabe aquela velha história de que é difícil dividirmos algo que é tão especial para nós? Pois bem, é incrivelmente difícil encontrar palavras para definir esse livro e o quanto me surpreendi com ele.
                   
“(...) Começou a desejar a estima dele, quando já não podia ter esperanças de conquistá-la.”

Essa edição especial da Martin Claret é simplesmente perfeita. A arte do livro é impecável a tradução é fácil de ser interpretada e lida e as páginas amarelas só tendem a contribuir para um bom desenvolvimento da leitura.

Recomendo o livro para todas as pessoas que cansaram de romances contemporâneos e sobrenaturais, e realmente acho que essa deveria ser uma leitura obrigatória para todos. Jane Austen é um gênio.

“(...) Você tem que aprender um pouco da minha filosofia. Só pense no passado quando as lembranças lhe trouxerem prazer.”




2 comentários:

wu já vi o filme muitooo bom! fiquei com vontade de ler o livro tbm , otima dica! obrigada *-*

beijos

htpp://www.pagina-extra.blogspot.com

Eu amo este livro. O meu exemplar está velhinho e eu estou tentada a comprar um novo. Este que você postou é de uma coleção com capas fofinhas :-)
Bj, Aris.

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