quinta-feira, maio 10, 2012

Na Minha Estante: Um Mundo Brilhante



Título Original: This Glittering World
Editora: Novo Conceito
Autora: T. Greenwood
Páginas: 336
Origem: Cortesia da Editora

Sinopse: Quando o professor Ben Bailey sai de casa para pegar o jornal e apreciar a primeira neve do ano, ele encontra um jovem caído e testemunha os últimos instantes de sua vida. Ao conhecer a irmã do rapaz, Ben se convence de que ele foi vítima de um crime de ódio e se propõe a ajudá-la a provar que se tratou de um assassinato.
Sem perceber, Ben inicia uma jornada que o leva a descobrir quem realmente é, e o que deseja da vida, Seu futuro, cuidadosamente traçado, torna-se incerto, pois ele passa a questionar tudo a sua volta, desde o emprego como professor de História até o relacionamento com sua noiva. Quando a conheceu, Ben tinha ficado impressionado com seu otimismo e sua autoconfiança. Com o tempo, porém, ela apenas reforçava nele a sensação de solidão que o fazia relembrar sua infância problemática.
Essa procura pelas respostas o deixará dividido entre a responsabilidade e a felicidade, entre seu futuro há muito planejado e as escolhas que podem libertá-lo da delicada teia de mentiras que ele construiu.

Classificação:



“Segredos. Como pequenos sapos escondidos em seu bolso. Não se pode esquecer deles porque estão sempre se mexendo ali dentro, contorcendo-se, tentando escapar. Você sabe que a qualquer momento um deles pode conseguir subir e pular para fora do seu bolso, revelando-se para o mundo com um coaxado estridente. E quanto mais você se esforça para tentar escondê-los, mais se esforçam para escapar.”

“Um Mundo Brilhante” conta a história de Ben Bailey, um homem que tem 30 anos e uma vida completamente pronta e planejada. Ele trabalha meio período como professor de História na universidade da cidade de Flagstaff e meio período em um bar chamado Jack’s, tem uma noiva, Sara, com quem mora há alguns anos e com quem pretendia casar.

“Hoje o anel de noivado havia se tornado um lembrete constante da maior promessa que ele havia quebrado.

Mas a sua vida e suas escolhas mudam com um acontecimento infeliz. Em uma manhã de inverno Ben encontra um garoto praticamente sem vida em frente a sua casa e desesperado chama por socorro, mas mesmo depois de as ambulâncias saírem Ben não consegue simplesmente esquecer e resolve ir até o hospital para ter noticias do garoto navajo.

Na recepção do hospital ele conhece Shadi Begay, irmã mais velha de Ricky (o garoto que ele encontrou) e descobre que o indígena não irá sobreviver aos ferimentos. Com a certeza de que Ricky foi vítima de um crime racial, Ben decide ajudar Shadi a descobrir o que realmente aconteceu naquela noite de Haloween e punir os verdadeiros culpados, ele só não esperava se apaixonar por ela.

“- As pessoas deixam de amar - disse Shadi, casualmente. – Tudo muda, constantemente. É difícil continuar apaixonado.”

Decidido a dar uma nova chance ao sentimento esquecido e adormecido Ben ainda tenta concertar as coisas com Sara, mas descobre que seu coração já foi tomado por outra, a jovem índia Shadi. Quando finalmente se enche de coragem para tomar uma decisão, terminar as coisas com Sara e viver um novo amor ao lado de Shadi, recebe uma notícia que com certeza mudaria tudo de novo: Sara estava grávida.

“Conversar com Shadi era como visualizar um futuro que nunca teria.”

Ben continua a ajudar Shadi, mesmo com todas as complicações do casamento e do bebê que está por vir e durante as investigações ele conhece Lucky, um garoto que foi testemunha do crime cometido contra Ricky e tenta o convencer de prestar depoimento na polícia, mas existem pessoas de alta classe envolvidas que realmente não estão dispostas a ter esse segredo revelado.

“Lucky sorriu e balançou a cabeça.
-Você não entende não é? Não existe esse negócio de justiça”

Agora Ben se vê entre responsabilidade e amor, entre uma vida que ele leva e a vida que ele gostaria de levar e em meio a um turbilhão de descobertas e acontecimentos fica difícil fazer a escolha certa entre os dois mundos.

Ben é um personagem frustrado, cheio de dúvidas e traumas da infância e que leva uma vida que não gosta por pura obrigação ou medo de machucar as pessoas e ser feliz.  Na visão dele é possível entender (ou tentar entender) alguns fatos do casamento que julgamos sem saber como o motivo da traição, o que nos faz pensar sobre o rumo que damos as nossas próprias vidas e talvez seja esse o objetivo da autora.

“Ben não conseguia entender como uma pessoa simplesmente vai embora de uma vida, especialmente de uma vida que ela mesma construiu.”

Ao pensar na história de “Um Mundo Brilhante” a primeira palavra que me vêm a cabeça é: depressão. Sim, o livro é depressivo, o que realmente foi uma grande surpresa para mim e talvez também seja para vocês, já que ao lermos o título, o subtítulo e a sinopse nossa imaginação nos remete a uma história completamente diferente.

Não estou dizendo que o livro não é bom, muito pelo contrário, é muito bom, mas não é exatamente uma recomendação de passa tempo a menos que você goste de livros extremamente reais ou de autoajuda.

“Às vezes, ele achava que devia se desculpar com aquele bosque. Mas como dizer que alguém se lamenta por tudo, quando esse alguém não consegue desfazer o que já foi feito?”

Confesso que me decepcionei com o final e com a história em si, pois ficou muito vaga, e com muitas perguntas soltas e sem resposta e além disso ao julgarmos pela capa esperamos uma história cheia de ação e mistério e tudo que encontramos é frustração e monotonia, mas apesar da decepção a narrativa feita em terceira pessoa te envolve de forma brilhante. (Entenderam a piadinha? Brilhante? *pokerface* Ok ignorem –Q)

Vocês devem estar se perguntando do porque eu dei três estrelas então, é que o livro em si traz um conjunto admirável, narrativa, edição, arte e capa impecáveis, e apesar da história não ser o que esperamos é uma boa história.

Bom gente em suma é isso, espero que gostem da resenha e comentem *---*

 “(...) Mesmo que Ben nunca soubesse realmente qual era o nome daquela pessoa. Era possível que ele não tivesse se esquecido, mas que em vez disso, aquela pessoa sempre havia permanecido anônima.”



3 comentários:

Olá!
Primeira visitinha aqui. Seguindo!
Já li várias resenhas deste livro. Algumas positivas e outras negativas... Quero muito ler, e tirar minhas próprias conclusões :)
Sua resenha ficou perfeita. Parabéns...
Beijos

http://pollymomentos.blogspot.com.br/

As opiniões sobre esse livro se dividem muito, mas mesmo assim, quero muito ler! Acho a capa linda!!

Eu ganhei o livro em uma promoção! Já li o livro há algum tempo e adorei, dei uma estrelinha a mais que você devido ao fato das paradas de capítulo terminarem de um jeito e o capítulo seguinte começar ás vezes até em outro lugar, ou seja, confundia demais!.
Fora isso eu adorei o livro, todos os acontecimentos e tal, até hoje lembro de algumas cenas que eu criei na minha mente e que foram importantes...
Adorei sua resenha! Parabéns

Postar um comentário