Título: Por favor, não deixem a dor regressar
Autor: Darlan Hayek Soares
Páginas: 156
Editora: ArtExpressa.
Selo Brasileiro.
Sinopse: Por favor, não deixem a dor regressar
conta a história de Joel, operário de uma fábrica de tijolos onde o pai passou
toda a vida sem nada conseguir. Após perder a mãe, vítima de uma doença
incurável, ainda em prantos é obrigado pelo patrão a fazer uma viagem à
capital. Chegando lá ele se depara com uma realidade que pensava estar extinta:
um pequeno grupo que compartilhava as idéias nazistas e idolatrava Adolf
Hitler, mantendo secretamente um pequeno campo de concentração. As vítimas
principais eram estrangeiros e crianças de um orfanato local. A história
retrata a repetição de todo o sofrimento causado pelo holocausto e mostra a
luta de pessoas comuns, como Joel, para impedir que a dor desse passado tão
obscuro possa retornar em nossos dias.
Um jeito simples e tocante de retratar a dor causada pelo
preconceito
Um livro que fará o leitor meditar por muito tempo.
Classificação:
O livro começa pecando nesse ponto: A capa. Quando olho para ela simplesmente não me vem nada à cabeça, não consigo imaginar do que se trata a história se não ler a sinopse, a capa não causa impacto, não causa curiosidade, e pelo tema abordado, poderia ser bem melhor. Para os autores, fica a dica: A capa é sim essencial.
Mas claro que um livro não é feito só de capa, de que adianta uma capa perfeita com um conteúdo ruim? Então vamos ao conteúdo: Dessa vez Darlan nos traz a história de Joel, um homem de origem humilde e que cresceu aprendendo com seus pais e irmãs que o amor é a base de tudo, um menino que apesar das dificuldades é sonhador e tem muitos sonhos, que infelizmente são interrompidos pela realidade da vida.
O livro abrange o tema do Holocausto, que em uma proporção muito menor acaba se repetindo nos tempos atuais, apesar do assunto sério, a narrativa do livro é simples e leve que nos oferece algumas horas de distração e reflexão.
A trama em si é incrível, mas como em muitas obras que ando lendo existem várias pontas soltas... Até a metade do livro está tudo calmo e então vem o choque das descobertas todas de uma vez, causando um impacto que poderia ser melhor desenvolvido... Com mais mistérios, mais conversas, mais bilhetes, mais ação, o livro acaba encerrando-se rápido de mais deixando a história de alguns personagens pela metade, como a história da doce Brunella, da enigmática Bárbara, ou da misteriosa mulher de branco.
Ainda assim o autor nos emociona em vários pontos com conversas bem reflexivas e sentimentais, como essa:
“[...] Sentimentos ruins não doem nos outros, doem em nós mesmos. Tenha por habito perdoar . Não julgue as pessoas. Todos tem defeitos e o segredo está em sabermos fazer das qualidades das pessoas algo muito maior e mais importante que os defeitos [...]”
Outro ponto que achei que confundiu um pouco o tempo em que a história se passa, foram os diálogos, que uma hora parecem informais e atuais, em outra parecem antigos e certinhos, diria até que um pouco irritante, isso nos deixa em dúvida sobre a época da história, que acaba parecendo antiga, ocorrida mais ou menos junto com o auge do movimento nazista na Alemanha, o que claro, seria impossível.
A trama é ótima, atrativa, inteligente, emocionante e por incrível que pareça leve... Darlan foi um gênio na criação da história, mas poderia ter trabalhado mais em sua produção, independente disso é um livro que eu realmente recomendo, pois nos faz refletir sobre esse assunto e ver que ainda existem pessoas que pensam dessa maneira fechada e intolerante.
Mas repito é claro, que para firmar sua opinião a melhor opção é ler. Esse vale a pena.




1 comentários:
O título do livro nos leva a querer saber que dor é essa e nos faz querer ler, mas gosto de pensar que essa foi a intenção do Autor porque eles sempre querem colocar algo de impacto nos livros
http://aleitoracassia.blogspot.com/
Postar um comentário